O impacto da educação financeira na capacidade de investir: Um estudo de caso com estudantes da Fatec Piracicaba

Abstract

Com aumento da complexidade dos mercados financeiros, a educação financeira tornou-se pauta importante, sendo considerada por instituições como um instrumento essencial para estabilidade econômica. Ela pode ser compreendida como um conjunto de mecanismos que proporcionam o conhecimento e as habilidades necessárias para tomada de decisões que favoreçam a saúde financeira. Neste contexto, este artigo busca investigar a influência da educação financeira na capacidade de investir, visando evidenciar a correlação entre a deficiência educacional e as práticas de poupança e investimento utilizadas pela população. A metodologia adotada abrangeu uma da revisão da literatura, seguida de um estudo de caso de caráter descritivo, realizado com uma amostra de 86 estudantes da Faculdade de Tecnologia de Piracicaba Dep. “Roque Trevisan”, cujo objetivo foi avaliar o nível de educação financeira dos participantes e sua relação com as escolhas de investimento, além de identificar quais os maiores desafios encontrados pelo grupo na gestão patrimonial. Os resultados apontaram que o conhecimento financeiro limitado é refletido diretamente nas decisões de investimento. De acordo com a pesquisa, aproximadamente 55% dos estudantes têm baixa ou nenhuma educação financeira, o que os leva a optar por modalidades de serviços financeiros mais conservadoras, como a poupança e a renda fixa. Além disso, foi constatado que um terço dos universitários não poupa nenhuma parte de sua renda regularmente e sequer realizam planejamento mensal, o que evidencia ainda mais a ausência de instrução financeira. Outro dado significativo foi que 96% da amostra acredita que teria melhor capacidade de gerir seus recursos financeiros se tivesse recebido educação financeira na escola. Essa percepção fortalece a necessidade da inclusão do tema no currículo educacional desde o ensino básico, facilitando a transmissão de informações relevantes para o controle orçamentário, capacidade de poupança e utilização dos produtos financeiros. Sendo assim, as conclusões corroboraram que a educação financeira é um fator determinante para a capacidade de poupar e investir.

With the increasing complexity of financial markets, financial education has become an important topic, being regarded by institutions as an essential tool for economic stability. It can be understood as a set of mechanisms that provide the knowledge and skills necessary to make decisions that promote financial well-being. In this context, this article aims to investigate the influence of financial education on the ability to invest, seeking to highlight the correlation between educational deficiencies and the saving and investment practices used by the population. The methodology adopted included a literature review, followed by a descriptive case study conducted with a sample of 86 students from the Faculty of Technology of Piracicaba Dep. "Roque Trevisan," aiming to evaluate the participants' level of financial education and its relation to investment choices, as well as to identify the main challenges faced by the group in wealth management. The results showed that limited financial knowledge is directly reflected in investment decisions. According to the research, approximately 55% of students have little or no financial education, leading them to choose more conservative financial services, such as savings accounts and fixed-income investments. Additionally, it was found that one-third of the students do not save any portion of their income regularly and do not engage in monthly budgeting, further highlighting the lack of financial education. Another significant finding was that 96% of the sample believes they would have better financial management skills if they had received financial education in school. This perception reinforces the need for financial education to be included in the school curriculum from an early age, facilitating the transmission of relevant information for budgeting, saving capacity, and the use of financial products. Thus, the conclusions confirmed that financial education is a determining factor in the ability to save and invest.