Inclusão dos PCDs – TEA no mercado de trabalho: breve reflexão

Abstract

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurobiológica que afeta a comunicação social, interação e comportamento. Apesar de possuírem diversas habilidades, pessoas com TEA enfrentam grandes desafios para ingressar e se adaptar ao mercado de trabalho. As dificuldades incluem limitações na comunicação, sensibilidade a estímulos sensoriais e dificuldades em ambientes de trabalho dinâmicos. Além disso, estigmas e preconceitos dificultam sua aceitação. No Brasil, a Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015) garante direitos de acesso ao trabalho e proíbe a discriminação, e a Lei de Cotas (Lei 8.213/1991) obriga empresas com mais de 100 funcionários a contratar pessoas com deficiência, incluindo aquelas com TEA. No entanto, a aplicação dessas leis ainda é limitada, e muitas empresas não oferecem os recursos e acomodações necessárias. A falta de treinamentos especializados e ajustes no ambiente de trabalho, como mudanças nas rotinas e no estímulo sensorial, dificulta a integração de pessoas com TEA. Para uma inclusão real, é fundamental que as empresas adotem políticas inclusivas, promovam a conscientização sobre o TEA e ofereçam as adaptações necessárias para que esses profissionais possam desenvolver seu potencial sem barreiras. Com isso, este artigo busca trazer luz a discussão sobre a inclusão de PCDs com TEA no mercado de trabalho por meio de uma breve reflexão.

Autism Spectrum Disorder (ASD) is a neurobiological condition that affects social communication, interaction and behavior. Despite having diverse skills, people with ASD face major challenges in entering and adapting to the job market. Difficulties include limitations in communication, sensitivity to sensory stimuli and difficulties in dynamic work environments. Furthermore, stigmas and prejudices make acceptance difficult. In Brazil, the Brazilian Inclusion Law (Law 13,146/2015) guarantees rights of access to work and prohibits discrimination, and the Quota Law (Law 8,213/1991) obliges companies with more than 100 employees to hire people with disabilities, including those with ASD. However, enforcement of these laws is still limited, and many companies do not provide the necessary resources and accommodations. The lack of specialized training and adjustments to the work environment, such as changes in routines and sensory stimulation, makes it difficult for people with ASD to integrate. For real inclusion, it is essential that companies adopt inclusive policies, promote awareness about ASD and offer the necessary adaptations so that these professionals can develop their potential without barriers. Therefore, this article seeks to shed light on the discussion about the inclusion of PWDs with ASD in the job market through a brief reflection.