Avaliação da toxicidade de parabenos em cosméticos

Abstract

A expansão do consumo de cosméticos, com a abertura ao mercado mundial iniciou-se na década de 90 com novas tecnologias, inovações e mudanças nas exigências e hábitos na compra do consumidor, que atualmente utiliza até 12 produtos cosméticos diferentes ao longo do dia. Essa grande demanda de consumo cosmético tem despertado maior atenção no mercado quanto à segurança dos ingredientes utilizados em suas formulações. Dentre estes, temos os conservantes, onde encontramos a classe dos parabenos, que contempla os compostos: etil, metil, butil, propil e benzil parabenos, amplamente utilizados como conservantes cosméticos desde a década de 1930. Essa larga utilização ocorre devido ao custo benefício e à baixa concentração necessária na formulação. Apesar de serem utilizados em pequenas quantidades e, de modo geral, serem considerados seguros, grandes manifestações começaram a surgir em relação ao seu uso após publicação de um estudo feito em 2004, relacionando o câncer de mama ao uso de parabenos. Embora a causa dos tumores não seja cientificamente comprovada, o uso desses conservantes têm sido muito discutido ao redor do mundo, fazendo com que indústrias cosméticas lancem linhas paraben free. Diante a esses estudos e a posição de algumas empresas frente ao ocorrido, o objetivo do trabalho deu-se em fazer uma avaliação de risco quanto à utilização de sabonetes, shampoo, condicionador, loção corporal, creme facial, creme para as mãos, desodorantes, fixador de cabelos, base para o rosto, demaquilante, sombra, máscara de cílios, batom, delineador, dentifricio e enxaguatório bucal, que contenham parabenos como conservante. O estudo desenvolveu-se por meio de levantamento bibliográfico a partir de bases de dados e publicações referentes ao uso dessa substância em cosméticos, objetivando a análise para efeito estrogênico dos parabenos. Em conclusão, para os produtos cosméticos avaliados, considerando os efeitos estrogênicos, os parabenos apresentam-se seguros para uso adulto e não seguro para uso infantil, nas condições de exposição dispostas neste trabalho.

The expansion of cosmetics consumption, with the opening to the world market began in the 90s with new technologies, innovations and changing requirements and habits in consumer purchase, who currently uses up to 12 different cosmetic products throughout the day. This great demand for cosmetic consumption has attracted more attention in the market on the safety of ingredients used in their formulations. Among these, there are the preservatives, where we find the parabens class, which includes the compounds: ethyl, methyl, butyl, propyl and benzyl parabens, widely used as cosmetic preservatives since the 1930s. This widespread use is due to the cost and benefit besides low concentration required in the formulation. Although used in small quantities and, in general, considered safe, large demonstrations began to emerge in relation to its use after publication of a study in 2004 linking breast cancer to the use of parabens. Although the cause of the tumors is not scientifically proved, the use of these preservatives has been much discussed around the world, making cosmetic industries launch paraben free lines. Taking into consideration these studies and the position of some companies facing the occurrences, the objective of the work was to perform a risk assessment on the use of soaps, shampoo, conditioner, body lotion, facial cream, hand cream, deodorants, hair spray, foundation, makeup remover, eye shadow, mask eyelashes, lipstick, eyeliner, toothpaste and mouthwash containing parabens as a preservative. The study was developed through literature from databases and publications regarding the use of this substance in cosmetics, aiming the analysis for estrogenic effect of parabens. In conclusion, for the evaluated cosmetic products, considering the estrogenic effects, parabens are safe for adults and not safe for children's products, in the exposure conditions set forth in this work.