Desenvolvimento de um batom com a adição do pigmento de urucum

Abstract

As pessoas estão vivendo mais e segundo a ABIHPEC, 2015 (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) a classe média tem comprado mais, mesmo o Brasil estando em crise. A categoria maquiagem ocupa um bom posicionamento com tendência ao crescimento. Maquiagem que já era popular no Antigo Egito, onde havia a utilização de matérias-primas de origem natural, como exemplo, o carmim usado para pintar os lábios. A tendência dos cosméticos naturais está voltando, porque as pessoas não querem apenas a beleza, querem sua pele saudável e tratada com produtos vegetais, pois são mais biocompatíveis. Assim como antigamente, hoje temos uma variedade de matérias- primas de origem botânica e o foco deste estudo é o pigmento vegetal, o laranja da bixina que pode ser encontrada no urucum. O objetivo deste trabalho foi adicionar o pigmento do urucum numa formulação tipo batom e analisar o seu comportamento baseado no Guia de Estabilidade da ANVISA (BRASIL, 2004). As amostras de batom foram submetidas às seguintes condições de temperatura: -5°C (freezer), 5°C (geladeira), 22°C (temperatura ambiente com incidência indireta à radiação solar) no período de tempo de análise após o seu preparo de 24 horas, de 7, 15 e 30 dias. As análises realizadas foram em relação às (a) características organolépticas (odor, aspecto e cor), (b) teste de ponto de gota e (c) teste de aquecimento (55°C em 24 horas). Após o 15o dia foi observada alteração de aspecto (presença de um liquido alaranjado) na amostra submetida à temperatura ambiente com incidência indireta à radiação solar. Em relação ao teste de ponto de gota obteve uma temperatura de fusão de 65°C e no teste de aquecimento houve derretimento e quebra, possivelmente por quantidade não adequada de ceras. Concluiu-se que o urucum teve boa estabilidade em relação a sua cor, numa análise subjetiva, não teve modificação, porém em relação à formulação seria necessário um estudo de desenvolvimento para acerto das concentrações dos agentes de dureza e condições do processo.

People are living longer and according to ABIHPEC, 2015 (Brazilian Industry Association of Toiletries, Perfumes and Cosmetics) the middle class has bought more, even Brazil being in economical recessin. The makeup category has a good position with a grow tendency. Makeup was already popular in ancient Egypt, where the people made use of raw materials of natural origin, as example, carmine used to paint the lips. The trend of natural cosmetics is coming back because people do not just want the beauty but their skin healthy and treated with vegetables products because they are more biocompatible. As the ancient times, actually we have a variety of raw materials of botanical origin and the focus of this study is the plant pigment, orange bixin which can be found in annatto. The objective was to add annatto pigment in lipstick type design and analyze their behavior based on ANVISA Stability Guide (BRASIL, 2004). The lipstick samples the following temperature conditions were submitted: -5° C (freezer). 5° C (refrigerator), 22 C (room temperature with indirect influence on solar radiation) in the review period of time after preparation of 24 hours, 7, 15 and 30 days. The analyzes were carried out with respect to (a) organoleptic characteristics (odor, appearance and color), (b) dropping point test and (c) test heating (55 C for 24 hours). After the 15th aspect change it was observed (the presence of a orange liquid) in the sample treated at room temperature with indirect influence of solar radiation. In relation to the dropping point test scores a melting temperature of 65 C and the heating test was melting and breakage, possibly not suitable amount of waxes. It was concluded that the annatto had a good stability in relation to its color, a subjective analysis, did not change, but in relation to the formulation would require a development study for adjustment of the concentration of hardness agents and process conditions.