Efeitos tardios da radioterapia no tratamento do câncer infantil

Abstract

O câncer na infância representa toda neoplasia incidente em crianças e adolescentes de até 19 anos de idade. O avanço nos tratamentos e melhora nos protocolos de terapia fazem do câncer atualmente, uma doença curável, com uma estimativa de cura de cerca de 85% em casos diagnosticados e tratados precocemente. Os tratamentos de escolha são quimioterapia, cirurgia ou radioterapia (RDT). Sendo aplicados de maneira isolada ou combinados entre si. A RDT é um tratamento que utiliza radiação ionizante visando à destruição das células neoplásicas, poupando ao máximo as células sadias que estão ao seu redor. As neoplasias mais comuns na infância e adolescência são as leucemias linfocíticas agudas (LLA), os do sistema nervoso central (SNC) e os linfomas, tornando mais comum à irradiação de áreas sensíveis do corpo como encéfalo, neuro eixo e glândulas importantes presentes nessas áreas. A RDT, apesar de muito eficaz, pode trazer efeitos secundários à radiação ionizante a curto ou alongo prazo mesmo após o término do tratamento. Foi desenvolvido um trabalho que teve como base de estudo a revisão de literatura utilizando pesquisas em bancos, criando, assim, uma estimativa do problema e suas proporções, tendo como objetivo avaliação dos efeitos tardios da radiação ionizante em pacientes submetidos à radioterapia na infância. Os efeitos tardios mais encontrados foram baixa estatura, puberdade tardia e precoce, obesidade, xerostomia, hipo e hipertireoidismo. As alterações aparecem em todas as idades, porém, na infância se tornam mais graves e de maior repercussão clínica. Cuidados com a aplicação da radiação e atenção na montagem dos protocolos de tratamento tornam-se indispensáveis, a cura do câncer é sim o maior intuito, porem deve-se pensar no bem estar geral do paciente.