A origem, a história, os valores sócio, econômico e cultural e a tecnologia da produção artesanal do queijo colonial

Abstract

Este Trabalho de Graduação (TG) foi desenvolvido por meio de uma revisão bibliográfica, com o objetivo de investigar a origem, a história e os valores culturais e socioeconômicos do queijo colonial, destacando os avanços tecnológicos na sua produção artesanal e sua relevância para a identidade local. O estudo aborda os desafios enfrentados pelos produtores diante das normas sanitárias rigorosas, como a obrigatoriedade da pasteurização do leite, que, embora essencial para a segurança alimentar, compromete as características únicas do queijo artesanal. Tradicionalmente produzido no sul do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, o queijo colonial possui uma produção anual estimada de 12,5 mil toneladas, majoritariamente artesanal. Seu sabor e qualidade são diretamente influenciados pelo terroir, uma interação singular entre o ambiente e as práticas culturais locais. A tradição do queijo colonial remonta à imigração europeia no século XIX, quando italianos e alemães adaptaram suas técnicas ao contexto brasileiro, transformando a produção em uma atividade familiar e fonte vital de renda para comunidades rurais. Com a modernização das exigências sanitárias, muitos pequenos produtores têm enfrentado dificuldades para manter suas práticas tradicionais, resultando na comercialização do leite para indústrias. Este TG destaca a importância da tecnologia na produção artesanal, como o manejo adequado do leite e o processo de maturação, essenciais para garantir qualidade e segurança, além de preservar esse patrimônio cultural. O estudo enfatiza a necessidade de políticas públicas que apoiem os pequenos produtores, promovam a sustentabilidade e valorizem o queijo colonial por meio de certificações de origem, como o Selo Arte. Conclui-se que, embora a regulamentação sanitária seja indispensável, é crucial equilibrá-la com a preservação das tradições culturais e a sustentabilidade da produção artesanal, garantindo que o queijo colonial continue a ser um símbolo de identidade e autenticidade local.

ABSTRACT: This Undergraduate Work (TG) was developed through a bibliographical review, with the aim of investigating the origin, history and cultural and socioeconomic values ​​of colonial cheese, highlighting technological advances in its artisanal production and its relevance to the identity location. The study addresses the challenges faced by producers in the face of strict health standards, such as the mandatory pasteurization of milk, which, although essential for food safety, compromises the unique characteristics of artisanal cheese. Traditionally produced in the south of Brazil, especially in Rio Grande do Sul, colonial cheese has an estimated annual production of 12.5 thousand tons, mostly artisanal. Its flavor and quality are directly influenced by terroir, a unique interaction between the environment and local cultural practices. The tradition of colonial cheese dates back to European immigration in the 19th century, when Italians and Germans adapted their techniques to the Brazilian context, transforming production into a family activity and a vital source of income for rural communities. With the modernization of sanitary requirements, many small producers have faced difficulties in maintaining their traditional practices, resulting in the sale of milk to industries. This TG highlights the importance of technology in artisanal production, such as adequate milk management and the maturation process, essential to guarantee quality and safety, in addition to preserving this cultural heritage. The study emphasizes the need for public policies that support small producers, promote sustainability and value colonial cheese through certifications of origin, such as the Selo Arte. It is concluded that, although health regulations are indispensable, it is crucial to balance them with the preservation of cultural traditions and the sustainability of artisanal production, ensuring that colonial cheese continues to be a symbol of local identity and authenticity.