Comunicação inclusiva para pessoas com transtorno do espectro autista em eventos

Abstract

A comunicação é um fator importante para o bom funcionamento da sociedade, é por meio dela que se expressa o que se sente ou pensa, explanam-se dúvidas, estabelecem-se combinados, entre outras práticas sociais. A comunicação inclusiva tem como foco a compreensão que atinja variados públicos, disponível de forma acessível e igualitária. Sendo assim, muitos países têm trabalhado com políticas públicas e legislações que buscam incluir e oportunizar equidade, considerando novos transtornos, como por exemplo o Transtorno do Espectro Autista (TEA), que só foi incorporado a Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde em 1993. A investigação deste trabalho pretendeu levantar as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com TEA e seus familiares em eventos, relacionadas à interação e comunicação com a intenção de discutir se há melhores formas de participação do público autistas nos eventos. Partindo da análise aqui proposta, projeta-se desenvolver um Guia de Comunicação Inclusiva para eventos com foco no público com TEA, com a finalidade de compreender a importância da comunicação em eventos; refletir sobre a inclusão na atualidade; apresentar o contexto teórico sobre o TEA; destacar as necessidades das pessoas com TEA sobretudo em eventos e propor ferramentas que auxiliem a comunicação com o público com TEA em eventos. Pretende-se provocar o questionamento acerca do uso de uma linguagem inclusiva, incentivar o aparecimento de formas de comunicação que incluam diversas necessidades, que sejam democráticas e que se ampliem nesse universo dos ventos.

Communication is an important factor for the proper functioning of society. It is through communication that we express what we feel or think, clarify doubts, establish agreements, among other social practices. Inclusive communication focuses on understanding that reaches different audiences, available in an accessible and equitable way. Therefore, many countries have worked with public policies and legislation that seek to include and provide equality, considering new disorders, such as Autism Spectrum Disorder (ASD), which was only incorporated into the World Health Organization's International Classification of Diseases in 1993. The investigation of this work intended to raise the difficulties faced by people with ASD and their families at events, related to interaction and communication, with the intention of discussing if there are better ways for autistic people to participate in events. Based on the analysis proposed here, we plan to develop an Inclusive Communication Guide for events focused on the ASD audience, with the purpose of understanding the importance of communication at events; reflecting on inclusion in the present day; present the theoretical context of ASD; highlight the needs of people with ASD, especially at events; and propose tools that help to communicate with the public with ASD at events. It is intended to provoke questions about the use of inclusive language, encourage the growth of forms of communication that include diverse needs, that are democratic and that expand in this universe of events.