Uso do polímero natural do quiabo como auxiliar floculante

Abstract

Apesar de o Brasil ser o país que mais possui água doce líquida do mundo, a maior parte dessa água, ou é difícil acesso (como os lençóis freáticos) ou necessita de um tratamento (como em lagos e rios). Uma das alternativas para o tratamento de água é a utilização de polímeros, tanto naturais quanto sintéticos. Os sintéticos são utilizados em maior escala, visto que sua obtenção é mais prática e rápida, porém alguns são maléficos aos seres vivos, enquanto que os naturais não são prejudiciais para a saúde e são mais baratos. Pensando nisso, é essencial a utilização de polímeros naturais e as áreas rurais são as melhores opções para sua utilização industrial, por possuírem espaço suficiente para sua plantação. Um bom exemplo de polímero natural é o existente no quiabo (Abelmoschus esculentus), que é melhor utilizado maduro e desidratado. Isto é economicamente viável, já que o quiabo maduro é rejeitado pela utilização gastronômica, fazendo com que o desperdício diminua drasticamente. O polímero presente no quiabo é aniônico e é utilizado em conjunto com o seu coagulante primário, com o intuito de deixar o floco mais denso, maior e mais resistente, propiciando maior efetividade na decantação dos flocos. Para o tratamento de efluentes geralmente usa-se o aparelho Jar test, mas os testes realizados foram feitos com agitadores mecânicos, assim é possível encontrar a dosagem ótima de Sulfato de Alumínio (coagulante primário) para o tratamento de água, que atua em pH alcalinizado e o quiabo que será utilizado como auxiliar floculante, foi preparado em concentração constante de 1g/L. Através da espectrofotometria de luz visível é possível determinar a turbidez e cor aparente e com soluções padrões pré-determinadas descobre-se as concentrações reais presentes nas amostras. Com a aplicação da solução de quiabo (Quifloc) nas amostras analisadas notou-se uma rápida decantação dos suspensos e relativa diminuição de turbidez e cor aparente da água.