A cana-de-açúcar na alimentação de ovinos

Abstract

O estudo sobre a alimentação de ovinos com cana-de-açúcar tem sua importância para avaliar mais uma opção para os criadores de ovinos que estão cada vez mais entrando nesse ramo de negocio. Nos meses de inverno que é a épocas de escassez de pastagens, o criador tem que recorrer à outra fonte de alimento que seja economicamente viável, que justamente nessa época que a cana fica no pico de maturação que consequentemente tem maior valor nutritivo. A cana-de-açúcar pode ser oferecida in natura ou em forma de silagem sendo que desta forma não afeta o seu valor nutricional, com tudo a cana tem um ponto desfavorável que é a sua baixa digestibilidade, isso ocorre pelo alto teor de lignina, que impede a ação das bactérias do rumem, a lignina pode ser rompida por meio de ações físicas e químicas conhecidas como hidrolise. A hidrólise química modifica a estrutura fibrosa da cana de açúcar facilitando a digestão pelas bactérias ruminais e pode ser feita com o uso de soda cáustica (Hidróxido de Sódio), cal virgem (Hidróxido de Cálcio), amônia ou ureia com esses tratamentos podem aumentar em 30% o seu valor nutritivo. Com os resultados da hidrolise e com mais adição de concentrados proteicos a cana pode ser sim viável na utilização como volumoso para ovinos, menos para ovinos jovens de até três meses de idade pois é sabido que o seu rumem não esta totalmente desenvolvido, mas para outras classes de ovinos podem ser alimentados com cana principalmente as secas que não são muitos exigentes nutricionalmente.

The study on feeding sheep with sugar cane is important for evaluate another option for sheep farmers who are increasingly entering in this line of business. In the winter months, which are times when there is a shortage of pastures, the breeder has to resort to another source of food that is economically viable, which is precisely at this time when sugarcane is at its peak maturation which consequently has greater nutritional value. Sugar cane can be offered in natura or in silage form, which does not affect its nutritional value, with everything sugarcane has an unfavorable point which is its low digestibility, this occurs due to the high lignin content, which prevents the action of bacteria of the rumen, lignin can be broken down through known physical and chemical actions such as hydrolysis. Chemical hydrolysis modifies the fibrous structure of sugar cane facilitating digestion by ruminal bacteria and can be done with the use of soda caustic (Sodium Hydroxide), quicklime (Calcium Hydroxide), ammonia or urea with These treatments can increase their nutritional value by 30%. With the results of hydrolysis and with more addition of protein concentrates, sugarcane may be viable when used as roughage for sheep, less for young sheep up to three months old of age as it is known that their rumen is not fully developed, but for other classes of sheep can be fed with sugarcane, especially dry sugarcane which are not very nutritionally demanding.